segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Unidade dos cristãos: ideias novas, experiências concretas e um casal ecuménico

A propósito da Semana pela Unidade dos Cristãos, que hoje termina, o padre Pablo Lima, de Viana do Castelo, propõe algumas ideias concretas. Num artigo com o título Um novo modelo de unidade, escreve:

Com certeza, ainda há muito por fazer, mesmo no campo prático e acessível a todos. Neste ano jubilar da misericórdia, a um ano de distância dos quinto centenário da Reforma, um uso pastoral inteligente do tema das “indulgências” não pode esquecer que foi essa questão prática a provocar o cisma de Ocidente… Uma nova sensibilidade teológica deveria evitar que, num jornal católico, se chame “calvinista” a um teólogo da Reforma, porque o termo é paralelo ao título “papista” aplicado aos católicos, ou ainda, anunciar uma celebração ecuménica com o título de “encontro inter-religioso”. E seria também oportuno que, sendo a comunhão sob as duas espécies aquela que é referida nos textos evangélicos e a forma privilegiada pela reforma litúrgica, se pudesse tornar normal que, em cada eucaristia, ao menos alguns fiéis junto com o presbítero, pudessem comungar sob as duas espécies, até conseguirmos o mesmo para a totalidade da assembleia celebrante.
(artigo completo para ler aqui)


Num outro texto, o padre Paulo Terroso, de Braga, escreve sobre Bose: onde a utopia da unidade dos cristãos é um lugar
“Sem nunca os ter procurado – assim se pode ler no página da internet da comunidade – mas fruto de um grande dom do Espírito, desde o princípio fazem parte da comunidade cristãos de várias confissões». Este dom do Espírito levou a comunidade a “fazer um compromisso para a Unidade de todos os cristãos na fidelidade à palavra de Cristo: ‘Que todos sejam um’ (Jo 17,21)”.
(texto completo aqui)



Na semana em que se celebra o diálogo e a oração ecuménica de modo mais efectivo, a Ecclesia registou, na rádio, o testemunho de Dina Rego, católica, e Alberto Teixeira, ortodoxo, que casaram em Julho de 1994, segundo o ritual ortodoxo, numa pequena capela à beira-Sado, em Setúbal.
Na celebração, Dina e Alberto tiveram amigos católicos, ortodoxos e protestantes. Duas décadas depois, dizem que é possível viver em casal diferentes realidades eclesiais: “Ou se ama a pessoa inteira ou não há outra maneira”, diz ela. “Para a Dina, talvez tenha sido mais difícil”, passando dos 45 minutos da missa católica para as quatro horas que por vezes duram as liturgias ortodoxas, acrescenta ele.
A entrevista pode ser ouvida aqui.


Também a Rádio Vaticano foi ao encontro da experiência de três jovens – uma italiana, uma irlandesa e uma alemã – que estão na paróquia do Bonfim (Porto), a viver uma fraternidade provisória durante um mês, proposta pela comunidade ecuménica de Taizé (França). A reportagem pode ser ouvida aqui.



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Papa vai à Suécia celebrar Lutero - uma comemoração dos 500 anos da Reforma protestante

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