domingo, 6 de dezembro de 2015

Novas figuras do Advento, a mulher mais poderosa e uns sapatos

Crónicas

Na crónica deste Domingo, no Público, frei Bento escreve sobre Novas figuras do Advento, citando o ex-presidente do Uruguai e o novo presidente da Tanzânia.

Pela primeira vez em 54 anos, a Tanzânia não vai celebrar oficialmente o dia da Independência, porque Magufuli defende ser “vergonhoso” gastar rios de dinheiro nas celebrações quando o nosso povo está a morrer de cólera. Só nos últimos três meses vitimou, pelo menos, 60 pessoas. Acabaram-se as viagens dos governantes ao estrangeiro. As embaixadas deverão tratar dos assuntos que lhes competem. Se for necessário viajar, terá de pedir uma licença especial ao Presidente ou ao seu Chefe de Gabinete. Em 1ª classe e executiva só o Presidente, o Vice-Presidente e o Primeiro-Ministro. Acabaram-se os workshops e seminários em hotéis caros, quando há tantas salas de ministérios vazias.
(texto na íntegra aqui)


Ontem, no DN, Anselmo Borges escrevia sobre A mulher mais poderosa:

A quem estiver habituado a associar a devoção a Nossa Senhora só à beatice, lembro o hino revolucionário que o Evangelho de São Lucas colocou na sua boca, o Magnificat: "A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Porque pôs os olhos na humildade da sua serva. De hoje em diante, me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas. Santo é o seu nome. A sua misericórdia estende-se de geração em geração. Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias."
(texto na íntegra aqui)


No comentário aos textos bíblicos da liturgia católica de hoje, 2º Domingo do Advento, Vítor Gonçalves escreve, sob o título Os sapatos do Papa:

Preparam-se os caminhos do Senhor ao endireitar os caminhos dos homens. Porque não foram outros que Jesus escolheu percorrer. Os caminhos servem para irmos ao encontro uns dos outros, para fazer circular a vida, como veias deste corpo que é a terra. Em tempo de guerra e medo destroem-se as estradas e as pontes, para isolar e melhor conquistar, e o isolamento das pessoas, e dos corações, mata muito. Parece insignificante o trabalho do cantoneiro mas quando falta, o mato invade o caminho, os buracos não são reparados, o caminho deixa de ser escolhido. Que caminhos precisamos reparar (dentro e fora de nós!) para que a humanidade se eleve? Será preciso pedir os sapatos do Papa Francisco?
(texto na íntegra aqui)

Texto anterior no blogue:
Laicidade e respeito: livrai-nos do mal - Crónicas de Paulo Terroso e Isabel Stilwell


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