domingo, 19 de abril de 2015

A Páscoa e o génesis; a ressurreição; e o Papa em contracorrente

Crónicas

No seu comentário aos textos da liturgia católica deste Domingo, Vítor Gonçalves visita a exposição de Sebastião Salgado, Génesis, para escrever sobre A Páscoa e o génesis:

A ressurreição de Jesus é também ressurreição da criação. Sem cair num panteísmo ou na exaltação do primitivismo e do selvagem, a responsabilidade confiada à humanidade no Génesis (primeiro livro da Bíblia) amplia-se com a Boa Nova de Jesus. Ao oferecer a salvação em Jesus, o Pai confirma-nos na comum missão de cuidar das questões relativas aos recursos naturais e ao alimento para todos, ao respeito pela diversidade da natureza, e ao bem comum da família humana. A beleza, a bondade e a verdade da criação são a base sustentável para uma existência humana mais digna e mais fraterna, que é a consequência da ressurreição de Jesus. Quem poderá esquecer S. Francisco de Assis quando nos convida a dizer: “Louvado seja Deus na natureza, / Mãe gloriosa e bela da Beleza, E com todas as suas criaturas…”!
(texto completo aqui)


No Público de Domingo, frei Bento Domingues escreve o seu segundo texto com o título A ressurreição não pode ser adiada. Citando uma entrevista ao historiador Antony Beevor, diz:

À medida que o Estado Islâmico avançar, aumentarão as migrações e as tensões sociais. Mesmo assim, a Europa será olhada, cada vez mais, como o salva-vidas do mundo. A democracia, com todos os seus defeitos, é considerada o melhor regime político, mas está em risco, mesmo nos países onde tinha mais raízes. Perdeu-se a autoconfiança nas suas capacidades. Também aqui estamos no fim das possibilidades, acima evocadas.
Os governos, ao ficarem nervosos, passam a ser ligeiramente autoritários e a tomar decisões arriscadas, por falta de contacto com a realidade do dia-a-dia dos seus povos.
É verdade: pessoas, povos e testemunhos de civilizações estão ameaçados. Os cristãos que o digam! A ressurreição e a expansão da democracia – o poder do povo – não podem ser adiadas. São um bem cada vez mais escasso. Importa ressuscitá-las, dentro e fora da Igreja. 
(texto completo aqui)


No CM de sexta-feira, Fernando Calado Rodrigues escreve a propósito das declarações do Papa Francisco sobre o “genocídio” arménio e a “teoria do género”. Com o título Papa em contracorrente, conclui:

Nestas como noutras questões, é de louvar que Francisco não se submeta à lógica do “politicamente correto”. Precisamos dele como uma consciência crítica de um mundo que se submete com facilidade às modas intelectuais e culturais.
(texto completo aqui)

Sem comentários: