terça-feira, 19 de novembro de 2013

Interações do Estado e das Igrejas apresentado hoje por Jorge Sampaio e Manuel Clemente

Agenda – livro

Interações do Estado e das Igrejas é o título do livro que esta tarde será apresentado por Jorge Sampaio, ex-Presidente da República e ex-Alto Comissário da ONU para a Aliança das Civilizações, e por D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa e professor universitário. A sessão decorre a partir das 18h30 na biblioteca da Assembleia da República (entrada pela porta lateral do Palácio de São Bento, junto ao parque de estacionamento).
O livro reúne cinco estudos. Três deles sobre instituições e outros dois sobre pessoas. O primeiro texto, de Luís Salgado de Matos, propõe uma tipologia das relações entre Estado e igrejas (ou religiões) em 193 países soberanos: a separação à americana; a separação á francesa; as religiões de Estado; e os estados religiosos ou teocracias. Conclui que, sem separação, é raro haver liberdade religiosa, mas esta é ainda uma realidade ausente em muitos países.
O segundo estudo, de António Matos Ferreira, sugere um novo paradigma para analisar a Acção Católica Portuguesa, por cujos movimentos passaram gerações de católicos portugueses. Teresa Clímaco Leitão analisa aspectos do comportamento dos partidos democratas-cristãos durante o período revolucionário em Portugal (1974-75).
Os outros dois textos dizem respeito a duas figuras de patriarcas de Lisboa: Sérgio Ribeiro Pinto estuda o livro do cardeal Manuel Gonçalves Cerejeira, A Igreja e o Pensamento Contemporâneo, no qual descobre a intenção de conciliar tradição e modernidade. Paulo Fontes aborda a figura do sucessor de Cerejeira, o cardeal António Ribeiro, figura essencial na relação da Igreja com a transição para o regime democrático.

No prefácio, António Reis escreve, sobre estes dois últimos textos: “Devo confessar, insuspeito que sou pelo cargo que já desempenhei, que os ensaios aqui publicados sobre os dois patriarcas, me levaram a vê-los com um novo olhar, em que as naturais divergências filosóficas não impedem o reconhecimento da elevada estatura intelectual e moral de ambos.”

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