terça-feira, 10 de janeiro de 2012

“Carta a Diogneto”


"Os cristãos nem por razão, nem por linguagem, nem por costumes se distinguem das outras pessoas. De facto, não habitam em cidades próprias, nem usam um modo de falar que se diferencia, nem adotam um estilo de vida especial. A sua doutrina não está na descoberta do pensamento de homens vários, nem aderem a uma corrente filosófica humana, como fazem os outros. Vivendo em cidades gregas e bárbaras, como correspondeu a cada um, e seguindo os costumes do lugar no vestir, na comida e no resto, testemunham um método de vida social admirável e sem dúvida paradoxal”.
Casam-se como todos e geram filhos, mas não deitam fora os bebés. Põem em comum a mesa, mas não a cama. Estão na carne, mas não vivem segundo a carne. Habitam na terra, mas tem a sua cidadania no céu. Obedecem às leis estabelecidas, e com a sua vida superam as leis. Amam a todos, e por todos são perseguidos. Não são conhecidos, e são condenados. São mortos, e retornam à vida. São pobres, e fazem a muitos ricos; Não têm nada, e abandonam tudo. São desprezados, e no desprezo encontram glória. São ultrajados e proclamados justos. São injuriados e abençoam; são maltratados e honram. Fazendo o bem são punidos como malfeitores; condenados alegram-se como se recebessem a vida...”

A Carta a Diogoneto é de autor desconhecido e deve datar do século II ou III. Foi encontrada casualmente em Constantinopla no séc. XV (mais dados: aqui)

1 comentário:

Paulo disse...

Uma excelente carta. Já a li na integra e, sei que os Cartuxos a leem em determindos tempos. Realmente tem um valor enorme, para nós cristãos, se a quisermos ler.