quarta-feira, 11 de agosto de 2010

70 anos de Taizé, uma parábola da comunhão

No dia 20 de Agosto de 1940, em plena II Guerra Mundial, o irmão Roger chegou a Taizé, com o projecto de fundar uma comunidade. Morreu a 16 de Agosto de 2005, assassinado por um acto doentio de uma senhora, durante a oração comunitária da noite. Este duplo aniversário – os 70 anos da fundação da Comunidade e os cinco da morte do irmão Roger – será marcado por uma celebração em Taizé no dia 14 de Agosto, às 19h30.

Para esta ocasião, o irmão Aloïs, sucessor do irmão Roger, recebeu várias mensagens, que a comunidade acaba de divulgar.

Do Papa Bento XVI: “Agora que entrou na alegria eterna, o querido irmão Roger continua a falar-nos. Que o seu testemunho de um ecumenismo de santidade nos inspire no nosso caminho para a unidade e que a vossa Comunidade continue a viver e a fazer brilhar o seu carisma, especialmente junto das gerações mais jovens!”

Do Patriarca Bartolomeu de Constantinopla: “Com o irmão Roger e com os irmãos que partilham da sua visão, Taizé tornou-se um verdadeiro centro, um ponto de convergência e de encontro. Um lugar de aprofundamento na oração, na escuta e na humildade. Um lugar de respeito pela tradição do outro. O reconhecimento do outro, do seu rosto e, portanto, do seu ser – pré-requisito necessário a um amor à imagem daquele que nos amou ‘sem limites’”.

Do Patriarca Cirilo, de Moscovo: “Dos vários encontros que tive com o irmão Roger, percebi, de cada vez, o quanto ele conhecia e compreendia a tradição da antiga Igreja e o quanto a Palavra de Deus e a obra dos Padres da Igreja eram um fundamento na sua experiência espiritual pessoal. Conjugar a fidelidade aos ensinamentos dos Padres da Igreja com uma actualização criativa no ministério missionário entre os jovens de hoje caracterizava o caminho do irmão Roger, tal como o da Comunidade por ele fundada.”

Do arcebispo de Cantuária, Rowan Williams: “Continuamos a celebrar o irmão Roger como alguém que nos dá confiança na ressurreição e que nos desafia a viver pela ressurreição. À luz do seu testemunho, tornamo-nos livres para olhar as crises e traumas do nosso.”

Do secretário-geral da Federação Luterana Mundial, Ishmael Noko: “Não podemos lembrar-nos da violenta morte do irmão Roger sem estarmos ainda mais conscientes de que ele foi testemunha de uma outra visão para a vida... O empenho de Taizé pela reconciliação, a paz e a unidade da humanidade é mais actual que nunca.”

Do secretário-geral da Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas (CMIR), Setri Nyomi: “Celebramos especialmente o impacto que a Comunidade de Taizé tem em centenas de milhares de jovens em todo o mundo. Taizé sabe o que está no coração de Nosso Senhor Jesus Cristo: que os jovens são importantes.”

Do secretário-geral do Conselho Ecuménico das Igrejas, Olav Fykse-Tveit: “A ‘parábola da comunidade’ foi um serviço pioneiro: inspirou Igrejas do mundo inteiro e é um modelo para estas atenderem às necessidades espirituais e materiais do povo de Deus e, mais particularmente, dos jovens.”

O texto integral destas mensagens está disponível aqui.

Na altura deste duplo aniversário, será publicado um pequeno livro contendo alguns textos essenciais do irmão Roger: “Viver para amar”. O irmão Aloïs escreve no prefácio: “Eis algumas páginas que permitem descobrir a vida e o pensamento do irmão Roger... A herança que deixou está viva. Ele tinha uma certeza: Deus está unido a todo o ser humano, mesmo àqueles que não têm consciência disso. Nesta confiança na presença de Deus, ele encontrava uma paz que procurava comunicar aos outros.”

Viver para amar - Palavras escolhidas, estará disponível em português numa edição de Paulinas Editora.

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